“Não concordo com a violência, mas agora ele deve refletir”, disse um dos entregadores que participou da retaliação.

O homem pedia comida pelos apps e, depois da entrega, alegava não ter recebido a encomenda – Foto: Reprodução/ UOL
Um vídeo que vem circulando pelas redes sociais, flagrou um grupo com pelo menos 15 motoboys de aplicativo depredando e destruindo o carro e a casa de um cliente, em Bauru. De acordo com informações dos profissionais, estes estariam se vingando do morador, que teria aplicado o mesmo golpe em todos os entregadores.
Aparentemente, o homem, que não teve a identidade revelada, pedia comida pelos apps de comida e, depois da entrega, alegava que não havia recebido os produtos. Os motoboys organizaram e se reuniram para a retaliação em um grupo de mensagens.
No vídeo, é possível ver os homens com as mochilas de entrega nas costas, dando chutes e murros no portão da casa. Em seguida, conseguem deslocar o portão e invadem a residência, com um novo alvo de depredação: o carro do morador.
Golpe prejudica motoboys
“Disseram que iriam fazer o cara se arrepender da safadeza que ele faz”, disse Wilson Brandão, que trabalha com entregas há um ano. Brandão conta ao UOL que recebeu o aviso dos colegas, mas que não participou da ação.
“Ele pede cerveja, comida e outras coisas. Aí espera passar da meia-noite e diz no aplicativo que o pedido não foi entregue. Eu mesmo já levei sanduíche lá e depois recebi a notificação do app”, explicou o profissional sobre o golpe do morador.
Um motoboys que participou do vandalismo também contou como esse tipo de ação dos usuários prejudicam a categoria. “Nossa avaliação fica comprometida. O aplicativo devolve o dinheiro dele e o entregador termina expulso da plataforma. Eu estava lá. Não concordo com a violência, mas agora ele deve refletir”, conta.
Resposta do Sindicato
De acordo com a Polícia Civil, ainda não registraram nenhum boletim de ocorrência. Além disso, o cliente não foi encontrado para comentar sobre o ataque. O Sindimoto garantiu, em nota, que irá apurar os fatos e desfiliar quem tiver participado do vandalismo.
Assim, o sindicato também reforça que repudia “atos de vandalismo praticados contra patrimônio público ou privado de qualquer natureza bem como racismo e de apologia à violência”.
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