- Wilson Lima violou preceitos legais e são muitos seus erros, não apenas em relação a pandemia, mas também porque compartilha o poder com pessoas estranhas à estrutura de governo, traficantes de influência que estão arruinando o Estado do Amazonas.
A CPI da Saúde, que investigou desvio de recursos públicos durante a pandemia no Amazonas, entregou relatório ao Ministério Público Estadual, à Procuradoria Geral da República, ao TCU e à Polícia Federal em novembro do ano passado, sem indiciar o governador Wilson Lima.
Na visão dos membros da Comissão, não havia link entre as irregularidades apontadas (como a compra de respiradores superfaturados de uma casa de vinhos, entre outros ilícitos.) e o governador, apesar de fortes indícios de que Wilson estava por trás dos crimes praticados.
O Ministério Público Federal fez uso de parte da investigação para denunciar Wilson Lima, alvo de duas operações da Polícia Federal.
A subprocuradora Lindôra Araújo viu o que os deputados amazonenses não conseguiram enxergar: o comando de Wilson nos crimes apontados.
Curiosamente, a base da peça acusatória da PGR foi feita em cima do trabalho da CPI, mas com contornos efetivos de punição e de denúncia.
Não tivemos informação confirmada de que o Ministério Público Estadual adotou medida similar, destinada a uma investigação dos servidores sem foro, denunciados pelos crimes de peculato e organização criminosa.
Agora a CPI do Senado pode esclarecer alguns fatos. Mas o requerimento, que será votado na próxima sessão, convocando para depor o ex-presidente da CPI da Saúde no Amazonas, deputado Périccles Rodrigues do Nascimento, é equivocado. O correto é convocar o relator, deputado Fausto Júnior, detentor de informações outras que talvez tenham passado ao largo do relatório que ele, com auxílio de sua assessoria, produziu e acabou aprovado.
Se houve delinquência por parte do governador Wilson Lima – e tudo leva a crer que houve- a Assembleia Legislativa, enquanto poder que representa a sociedade , não pode servir de anteparo a essa delinquência. Deve expurgá-la em nome da decência e do respeito as leis.
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