Após críticas, Marçal declara que vai devolver medalha ‘3 is’ a Bolsonaro no debate à presidência em 2026

Após críticas e declarações polêmicas de Jair Bolsonaro (PL), o empresário Pablo Marçal anunciou que devolverá a medalha que recebeu de Jair Bolsonaro, após o ex-presidente declarar que se arrependeu de ter concedido a honraria. Marçal reagiu à declaração de Bolsonaro, afirmando: “Fala para ele pegar comigo essa medalha. Eu entrego para ele”.

A decisão foi comunicada por Marçal nesta quinta-feira (31) e representa um novo capítulo na relação tumultuada entre o empresário e o ex-presidente, que recentemente declarou arrependimento pelo gesto.

Durante uma entrevista, Bolsonaro comentou que conceder a medalha a Marçal foi um “erro” e que seu apoio ao empresário foi interpretado erroneamente por veículos de imprensa, que divulgaram uma possível aliança entre ambos, desconsiderando o candidato Ricardo Nunes. Em resposta, Marçal declarou ao colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, que pretende devolver a medalha ao ex-presidente, mas com um detalhe adicional: a devolução será feita ao vivo no debate presidencial de 2026.

“Fala para ele pegar comigo essa medalha. Eu entrego para ele. Já que ele diz que foi um erro, diz a ele que vou devolver no debate de 2026 [à Presidência]. Vou devolver a medalha que ele me deu e entregar outra para ele”, afirmou Marçal.

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Embora não tenha especificado que tipo de medalha pretende dar em troca, a declaração foi interpretada como uma crítica direta à conduta de Bolsonaro em relação ao reconhecimento público concedido e retirado.

O ex-coach acrescentou que pretende devolver a medalha durante o debate presidencial de 2026, insinuando que entregará outra honraria a Bolsonaro, embora não tenha revelado o que estaria inscrito nela. “Já que ele diz que foi um erro, vou devolver no debate e entregar outra para ele”, disse.

Esse desentendimento reflete uma crescente tensão entre os dois, mesmo após o fim das eleições em São Paulo, e sugere que ambos seguirão caminhos distintos na disputa pelo Planalto em 2026. Com Bolsonaro como principal figura da direita brasileira, a ascensão de Marçal representa um novo desafio para o ex-presidente, que enfrenta a concorrência de uma nova liderança conservadora.

No cenário político atual, Jair Bolsonaro está inelegível e busca reverter essa situação para se candidatar novamente. Por outro lado, Pablo Marçal, filiado ao PRTB, está apto a concorrer, embora enfrente processos judiciais que podem afetar sua elegibilidade.

Em declarações recentes, Bolsonaro disse a jornalistas: “Como começou a onda Marçal? Há 3 meses ele queria falar comigo. Eu conversei com ele. Até dei uma medalha para ele, onde eu errei. Ele saiu de lá, e, duas horas depois, estava no jornal que eu ia apoiá-lo”.

Marçal obteve 1,7 milhão de votos na recente eleição em São Paulo, posicionando-se como o terceiro candidato mais votado. No segundo turno, manteve-se neutro na disputa entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol), evidenciando uma estratégia de independência em meio às divisões políticas.