A Justiça Militar decretou nesta quinta-feira (5) a prisão do policial apontado como o responsável por arremessar um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (1°).
Ele já estava detido na Corregedoria da Polícia Militar, onde prestou depoimento, e será agora encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. O PM é investigado pelos crimes de lesão corporal e violência arbitrária. A alegação inicial do policial foi de que pretendia jogar a vítima no chão.
Segundo informações do inquérito militar, ele disse que pretendia jogar o homem no chão. As imagens gravadas por uma testemunha mostram o momento em que ele ergue e atira o homem da ponte (veja mais abaixo).
Com a prisão decretada, o Policial será encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Em audiência de custódia ocorrida na tarde desta quinta, a defesa do soldado pediu a revogação da prisão preventiva, com a adoção de medidas cautelares, mas a solicitação foi negada e a prisão foi mantida pela justiça.
O inquérito aponta os possíveis crimes de lesão corporal e violência arbitrária, previstos no Código Penal Militar. A TV Globo e a GloboNews tentam contato com a defesa do PM.
Nesta quinta-feira (5), com a repercussão desse e de outros casos recentes de violência policial em SP, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) admitiu que “alguma coisa não está funcionando” e passou a defender o uso de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares.
Segundo ele, essa é uma medida que protege os cidadãos e os policiais. O governador afirmou que vai ampliar o programa de câmeras.
“Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Tinha visão equivocada, fruto da experiência pretérita que tive. Não tem nada a ver com a questão da segurança pública. Hoje estou completamente convencido de que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. E nós vamos não apenas manter, mas ampliar o programa. E tentar trazer o que tem de melhor em termos de tecnologia.”
Tarcísio afirmou que os abusos da polícia não serão tolerados. “O discurso de segurança jurídica que a gente precisa dar para os agentes de segurança combaterem o crime de forma firme não pode ser confundido com salvo conduto para fazer qualquer coisa e descumprir regra. Isso a gente não vai tolerar.”
O caso do homem atirado da ponte aconteceu na Vila Clara, região de Cidade Ademar, durante a dispersão de um baile funk.
O soldado foi filmado lançando o rapaz da ponte sem nenhum motivo ou resistência aparente.
A vítima tem 25 anos e é entregador. Ele caiu de cabeça de uma altura de três metros, teve ferimentos, mas passa bem. Marcelo recebeu ajuda de pessoas que moram na região.
O pai dele falou ao Jornal Nacional, criticou a conduta do PM e cobrou explicações das autoridades.
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As informações são de G1