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Horas após Eduardo Bolsonaro afirmar que “seria uma honra” presidir o Partido Liberal (PL), o pai dele, Jair Messias Bolsonaro, confirmou a ascensão do filho em live, na noite desta sexta-feira (4/10). “Eduardo assumindo o partido, Valdemar passaria a ser vice e eles poderiam conversar melhor, e eu diretamente com Eduardo. E muitas decisões nós vamos tomar”, afirmou.
O atual comandante do partido, Valdemar da Costa Neto (PL), confirmou ao Blog da Denise que a ideia foi dele. “Eu que pensei nisso. Alexandre de Moraes não vai voltar atrás. Temos que ter alguém que possa combatê-lo. Eduardo, como deputado federal, tem imunidade”, contou Valdemar.
Valdemar Costa Neto ressaltou que o principal motivo para a mudança na presidência do PL é a proibição de comunicação que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impôs entre Valdemar e Bolsonaro. “E o pior é que não posso falar com Bolsonaro. Não posso falar com o maior dono dos votos do meu partido”, disse.
A medida foi imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após os dois se tornarem alvo de investigação que apura suspeitas de tentativa de golpe de estado.
A intenção dessa troca na presidência é que Eduardo possa enfrentar Moraes, de acordo com Costa Neto. Valdemar ainda afirmou à coluna que a função de Eduardo será política, enquanto ele continuará com a parte administrativa no posto de vice-presidente.
Além disso, Eduardo Bolsonaro também é a nova aposta do partido para as eleições presidenciais de 2026. “Lógico! Não tenha duvida disso. Ele é muito dedicado, percorreu o pais ajudando os candidatos do partido, fora a atividade internacional que exerce”, afirmou Valdemar.
— Conversei com o Eduardo. Não posso conversar com o Valdemar. Perseguição política pura. Mas isso vai ter um fim um dia se Deus quiser. Então, com o Eduardo assumindo o partido, o Valdemar passaria a ser vice e eles poderiam conversar melhor entre eles. Eu converso diretamente com o Eduardo e muitas decisões nós vamos tomar — disse Bolsonaro.
Para Valdemar, no entanto, Eduardo não poderia ter a dedicação necessária que a função de presidente do PL necessita.
— A administração do partido requer dedicação exclusiva e o Eduardo é uma estrela e terá atribuições maiores no cenário político nacional, de modo que não dispõe de tempo suficiente para exercer a função — afirmou Valdemar ao GLOBO, dizendo não ter tratado do assunto com Eduardo ainda.
O próprio manda-chuva do PL, porém, havia aberto a possibilidade de o deputado assumir o cargo e, em declaração ao jornal Correio Braziliense, chegou a afirmar que a ideia partiu dele.
Eduardo também confirmou que poderia assumir o PL em entrevista à CNN na sexta-feira, mas disse que ainda conversaria com Valdemar e com o pai.
— Fico feliz com essa possibilidade. Mas irei conversar antes com Jair Bolsonaro e com Valdemar Costa Neto. Eu continuo seguindo meus princípios, sigo o meu pai, cumpro missão do Jair Bolsonaro e quero carta branca do partido para representar os valores dos conservadores do Brasil — afirmou Eduardo Bolsonaro.
As informações são de Correio Braziliense e O globo