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A segunda fase da Operação ‘Jogada Ensaiada’ cumpriu, na manhã desta terça-feira (26), dez mandados de busca e apreensão para investigar ilegalidades em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro em contratos de prestação de serviços e fornecimento de material no Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto. As investigações também apontam a participação de agentes públicos e empresários.
Junto a isso, em cumprimento à decisão judicial, o Ministério Público do Amazonas realizou sequestro e a indisponibilidade de bens dos envolvidos no valor de R$ 1,8 milhão.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), foram colhidos elementos de provas que revelaram a potencial associação criminosa entre agentes públicos e atores privados para a prática dos crimes de contratação direta ilegal e de lavagem de dinheiro.
Gaeco cumpriu dez mandados de busca e apreensão. — Foto: Divulgação/Gaeco
À época, ainda de acordo com as investigações do MP, houve favorecimento a uma empresa para o fornecimento de serviço de agentes de portaria para a unidade hospitalar, sendo identificado sobrepreço na contratação que resultou em prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 2 milhões.
Após isso, o GAECO pretende individualizar a conduta de cada um dos envolvidos, para que eles possam responder pelos atos praticados e, assim, devolver as verbas públicas.
Em nota, a A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) esclareceu que a ação realizada pelo MP-AM não ocorreu nas dependências do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, ou qualquer outra unidade da rede estadual. Os alvos foram endereços residenciais, entre eles, de servidores estatutários do órgão, que já foram afastados de suas funções.
A SES acompanha os desdobramentos da operação, segue auxiliando as investigações em curso e reforça que não compactua com quaisquer práticas delituosas por parte de seus servidores. Ressalta, ainda, o total interesse no esclarecimento dos fatos e na transparência das ações, diz o comunicado.