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O apagão que deixou diversos bairros de Manaus e municípios da Região Metropolitana sem energia na noite de sexta-feira (7) foi causado pelo desligamento da linha de transmissão de 500 kV Jurupari-Silves, segundo a concessionária Amazonas Energia.
A Concessionaria de Energia informou, por meio de nota, que o apagão foi causado pelo desligamento da linha de 500 kV Jurupari–Silves, o que afetou o fornecimento de energia para Manaus, sua região metropolitana e os municípios de Parintins, Itacoatiara e Presidente Figueiredo.
A Concessionaria de Energia destacou que o problema está fora de seu controle direto, sendo uma questão nacional gerida pelo SIN, mas não forneceu um prazo exato para a normalização, o que mantém a população em alerta.
Segundo relatos de moradores da capital indicam que diversos bairros foram afetados pela interrupção no fornecimento, registrada por volta das 23h.
A empresa aguarda orientações do Operador Nacional do Sistema (ONS) para retomar gradativamente o fornecimento de energia.
O apagão também tem causado instabilidade no sinal de telefonia e internet móvel. Motoristas que trafegaram do Centro, na Zona Sul, até o bairro São José, na Zona Leste, enfrentaram dificuldades devido à escuridão nas vias.
A interrupção de energia ocorreu durante a transmissão do Carnaboi 2025, que acontece no Studio 5, também na Zona Sul. Os brincantes chegaram a levantar os celulares com lanternas para continuar a festa. No local da festa, a energia foi restabelecida com o auxílio de geradores do espaço.
Em boa parte da capital, a energia foi restabelecida por volta das 2h. Em decorrência do apagão em Manaus, também houve instabilidade na rede de telefonia, o que deixou boa parte dos usuários sem Internet.
O impacto do apagão foi sentido em múltiplas frentes. Motoristas enfrentaram dificuldades para trafegar em vias escuras, como a rota entre o Centro e o bairro São José, na Zona Leste, onde a falta de iluminação aumentou os riscos de acidentes.
A instabilidade no sinal de telefonia e internet móvel agravou a situação, dificultando a comunicação em uma cidade que depende fortemente desses serviços para atividades cotidianas e emergências. O blecaute ocorre em um momento delicado para Manaus, que ainda se recupera de chuvas intensas registradas no início da semana, entre 4 e 5 de março, responsáveis por alagamentos e interrupções parciais de energia em bairros como Alvorada e Distrito Industrial.
Como o apagão começou em Manaus
A Amazonas Energia informou que o blecaute teve início às 23h02, horário de Brasília, afetando instantaneamente Manaus e cidades da Região Metropolitana. A falha, originada no Sistema Interligado Nacional, foi detectada pelo ONS, que coordena a operação elétrica em todo o país, mas detalhes técnicos sobre o que causou o problema ainda não foram divulgados. Relatos de moradores indicam que a interrupção foi abrupta, com bairros como Adrianópolis, Aleixo, São José e Cidade Nova ficando às escuras em questão de minutos, evidenciando a extensão do colapso.
O incidente interrompeu atividades em andamento, como o Carnaboi 2025, evento tradicional realizado no Studio 5, na Zona Sul. Participantes usaram as lanternas de seus celulares para manter a animação, enquanto geradores foram acionados para restabelecer a energia no local e garantir a transmissão ao vivo pela Rede Amazônica. A rápida resposta no Studio 5 contrastou com a situação nas ruas, onde o trânsito se tornou caótico em áreas como a Avenida Djalma Batista, uma das principais vias da cidade, devido à falta de semáforos e iluminação.
Histórico de blecautes no Amazonas
Manaus já enfrentou interrupções de energia significativas no passado, muitas delas ligadas a falhas locais ou regionais. Em 2024, chuvas intensas entre março e abril causaram quedas de energia em bairros como Cidade Nova e Mundo Novo, afetando cerca de 200 mil residências por até 10 horas em um único evento. A integração ao Sistema Interligado Nacional, iniciada em 2013 com o linhão de Tucuruí, reduziu a dependência de usinas térmicas locais, mas não eliminou os riscos de colapsos sistêmicos, como o ocorrido agora.
Dados do ONS indicam que, em 2024, o SIN registrou 18 falhas de grande porte em todo o Brasil, com duas afetando diretamente o Norte do país. O apagão de março de 2025 é o primeiro evento de grande escala no Amazonas neste ano, mas segue uma tendência de aumento na frequência de blecautes, que subiu 20% nos últimos cinco anos na região, segundo análises do setor elétrico. A combinação de infraestrutura antiga e alta demanda tem sido apontada como um dos fatores críticos para esses incidentes.
Com informações de G1