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O desembargador aposentado Sebastião Coelho foi barrado ao tentar acompanhar presencialmente o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, acusados de tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022. O incidente ocorreu nesta terça-feira (25), quando Coelho tentou acessar a sala da Primeira Turma do STF, mas foi impedido por não ter feito o credenciamento antecipado, como exigido pela Corte.
Coelho subiu até o terceiro andar, onde ocorre a sessão da Primeira Turma, mas ao tentar entrar na sala, foi barrado. Em protesto, ele gritou em frente ao plenário, o que fez o ministro Alexandre de Moraes interromper brevemente a leitura do relatório do caso. Logo após o ocorrido, Coelho foi retirado do local pelos seguranças do Supremo.
De acordo com o STF, a razão para a proibição foi a falta de credenciamento prévio por parte de Coelho. A Corte estabelece regras claras para o acesso dos advogados e outros interessados aos julgamentos, e a entrada na sala só é permitida após o cumprimento dessa formalidade.
O julgamento em questão trata da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e seus aliados. Eles são acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente. O caso tem grande importância política e jurídica, dado o impacto das ações alegadas no processo eleitoral e nas instituições democráticas.
Bolsonaro, que é o único denunciado presente no plenário, acompanha a sessão de perto, sendo ele o centro das discussões sobre as ações pós-eleições. A denúncia envolve uma série de supostas manobras para desestabilizar o processo eleitoral e impedir a posse do presidente eleito.
A restrição de acesso ao julgamento gerou discussões sobre a transparência e as regras de acesso às sessões no STF. A decisão de barrar o desembargador, mesmo com lugares vazios no plenário, levantou questionamentos sobre a aplicação rigorosa dos procedimentos de credenciamento e se isso interferiu no direito de acompanhamento público.
O incidente também destaca a tensão que cerca o julgamento de figuras políticas de grande relevância, como o ex-presidente Bolsonaro. A decisão do STF sobre a denúncia pode ter implicações políticas de longo alcance e afetar a trajetória de Bolsonaro e seus aliados, especialmente em um contexto de forte polarização política no Brasil.
O julgamento seguirá nas próximas sessões, com os ministros da Primeira Turma dedicando mais tempo para a análise detalhada das acusações. O desfecho desse caso será crucial para entender o futuro político de Bolsonaro e o impacto de suas ações pós-eleitorais nas instituições do país.
Coelho tentou acessar a sala da Primeira Turma, onde acontecia a sessão, mas foi impedido por não ter realizado o credenciamento prévio exigido para que advogados participem presencialmente das sessões. Ao chegar ao terceiro andar do STF, onde ocorre o julgamento, o desembargador protestou, gritando em frente ao plenário, o que interrompeu momentaneamente a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes.
Após a manifestação, Coelho foi retirado do local e levado para a sala da Segunda Turma, onde a sessão estava sendo exibida por meio de um telão. Desapontado com a situação, ele optou por deixar o ambiente e criticou a proibição de sua entrada no plenário, alegando que havia várias cadeiras vazias dentro da sala. Ele expressou revolta com a restrição e afirmou que, caso fosse para assistir ao julgamento por telão, preferiria ir para casa. Coelho também mencionou que pretende recorrer à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) devido à proibição.
O julgamento da denúncia contra Bolsonaro e seus aliados começou nesta terça-feira (25) e está sendo tratado como um dos processos mais importantes no STF este ano. O ex-presidente foi o único denunciado presente no plenário durante a sessão, que analisa as acusações sobre tentativas de desestabilizar o processo eleitoral de 2022.89
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