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A situação política da Venezuela continua a gerar tensão e conflitos. O opositor de Maduro, Edmundo González, tornou-se uma figura proeminente ao denunciar atos de repressão que foram desencadeados contra seus aliados e familiares. A mais recente ocorrência foi o sequestro do genro de Gonzáles.
O líder oposicionista venezuelano, Edmundo González Urrutia, denunciou nesta terça-feira, 7, o sequestro de seu genro, Rafael Tudares, em Caracas. O incidente ocorreu enquanto Tudares levava os filhos para o início das aulas. Ele cancelou o restante da sua agenda planejada para os Estados Unidos nesta terça depois de saber do sequestro do seu genro. González havia planejado se reunir no Congresso dos EUA com o senador democrata Dick Durbin, de Illinois, e outros congressistas.
“Hoje de manhã, meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael estava a caminho da escola dos meus netos para deixá-los no início das aulas, quando foi interceptado por homens encapuzados vestidos de preto, que o colocaram em uma van dourada, de placa AA54E2C, e o levaram. Agora ele está desaparecido”, relatou González.
Em uma rede social, González afirmou que o genro dele, Rafael Tudares, foi sequestrado enquanto levava os filhos para escola.
“Homens encapuzados e vestidos de preto o interceptaram, colocaram-no em uma caminhonete dourada, placa AA54E2C, e o levaram embora. Neste momento ele está desaparecido”, afirmou González.
Além do sequestro, Edmundo González denunciou também o cerco à casa da mãe de María Corina. Essa ação tem sido vista como uma tentativa clara de intimidar e silenciar a oposição. A comunidade internacional e os opositores também demonstraram solidariedade, convocando manifestações pacíficas em resposta ao que consideram um abuso de poder. González afirmou que essas táticas não reduzirão a resistência ao regime de Maduro e que a luta pela liberdade e pelos direitos humanos continuará.
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Ainda não se sabe se o sequestro está relacionado às forças de segurança do Estado ou se é um caso de detenção de rotina. González Urrutia, no entanto, acredita tratar-se de um sequestro político.
O líder oposicionista, que deixou a Venezuela rumo à Espanha em 7 de setembro alegando perseguição política e judicial, enfrenta um mandado de prisão. Além disso, o governo oferece uma recompensa de US$ 100 mil para informações que levem à sua captura.
Já María Corina Machado afirmou que agentes do regime Maduro começaram a cerca a casa da mãe dela, que tem 84 anos. Segundo a líder opositora, a luz na região foi cortada.
“Colocaram postos de controle em toda a região e a sobrevoaram com drones”, escreveu. Minha mãe tem 84 anos, está doente, com problemas crônicos de saúde. Maduro e companhia, vocês não têm limite em sua maldade. Covardes”, finalizou.
Ameaças do governo
O governo Maduro declarou que qualquer pessoa que auxiliar González Urrutia em sua posse também será detida, reforçando o clima de tensão política no país.
González foi o candidato opositor ao chavista Nicolás Maduro nas eleições do último dia 28 de julho. A oposição liderada por ele e por María Corina Machado, que foi impedida de concorrer, afirma ter sido a vencedora do pleito, tendo realizado uma contagem paralela das atas eleitorais.
Com informações de G1